sexta-feira, 4 de abril de 2014

ENTENDENDO O SACRAMENTO DA CRISMA

CRISMA, O SELO DO ESPÍRITO SANTO


A Igreja afirma que a celebração do sacramento da Crisma resulta a efusão especial do Espírito Santo. Ser inserido no Espírito Santo é tornar-se "uma só fé, um só Espírito"(Ef 4,4-5), isso acontece quando confirmamos nosso batismo no professar de nossa fé. Ef 1,13: "[...] Depois de terdes ouvido a palavra da verdade, o Evangelho de vossa salvação NO QUAL TENDES CRIDO, FOSTES SELADOS COM O ESPIRITO SANTO"
O sacramento da CRISMA acontece depois do batismo para nos selar na unidade.
Os apóstolos "punham as mãos sobre os que TINHAM SIDO BATIZADOS", e recebiam estes o Espírito Santo (At 8, 12-17). Esse é o verdadeiro sentido de ser inserido no Espírito Santo."Accipe signaculum doni Spiritus Sancti” (Recebe por este sinal,o selo do Espírito Santo).
Algumas vezes em Atos a Crisma era seguida de línguas (Idiomas), S. Paulo batizou em nome de Jesus, os discípulos de João e a "eles impôs as mãos, para que o Espírito Santo baixasse sobre eles, começaram então a FALAR EM LÍNGUAS" (At 19, 1-6).
Essas línguas citadas no livro de atos eram idiomas, como aconteceu em pentecostes. At 2,10: ”[...]forasteiros romanos, tanto judeus como prosélitos. 11: ”Cretenses e árabes, todos nós temos ouvido em NOSSAS PRÓPRIAS LÍNGUAS falar das grandezas de Deus".
Em pentecostes o Evangelho foi pregado em vários idiomas pelo dom do Espírito Santo para que todos os povos de todas as nações se tornassem um só corpo.
At 4,32: “A multidão dos que haviam crido era UM SÓ coração E UMA SÓ ALMA”.
Disse o Papa São Gregório Magno:"Estes sinais foram necessários no começo da Igreja. Para que a Fé crescesse, era preciso nutri-la com milagres. Também nós, quando nós plantamos árvores, nós as regamos até que as vemos bem implantadas na terra. Uma vez que elas se enraizaram, cessamos de regá-las. Eis porque São Paulo dizia:”O dom das línguas é um milagre não para os fiéis, mas para os infiéis” (I Cor, XIV,22)" ( Sermões sobre o Evangelho, Livro II, Les éditions du Cerf, Paris, 2008, volume II, pp. 205 a 209).
Muitos confundem o dom de língua com um segundo batismo, porém a Igreja Católica não define a necessidade de um segundo batismo conforme a profissão de fé do Credo Niceno (em latim: Symbolum Nicaenum), ou Credo de Niceia, credo ou profissão de fé (em grego: Σύμβολον τῆς Πίστεως) "Professo um só batismo (Ef 4,4-5) para remissão dos pecados".
O aprofundamento e crescimento da graça batismal e do sentido da filiação divina, une o crismando mais solidamente a Cristo, aumenta os dons do Espírito Santo, torna mais perfeita a sua vinculação com a Igreja e concede uma especial graça para testemunhar a fé. A doutrina sobre este sacramento afirma que ele imprime "caráter", como que se deixasse na alma um selo ou marca indelével que vincula o crismando como se fosse uma "propriedade" de Cristo.

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